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domingo, 10 de setembro de 2017

SIGO INTEIRA

Procuro um lugar onde se esconda a ansiedade, em meu caminho tortuoso.
Vislumbro-o e a sede se faz completa, no terreno fértil em que minha vontade pulsa presente.
Mas não é única, talvez nem mesmo plausivel.  Meu medo chora, clamando pelo não trivial, em trilhas que sejam somente o destino.
Gostaria de bastar-me, sem dó ou piedade, numa certa bravura de contingencias não esquecidas, no limbo onde me equilibro, desejo próximo de todas e quaisquer aventuras.
O ideal surge como meta à priori, desvanecida pelas cores do cotidiano, que segue, ereto, não ao menos justo.
Pois, se de fato, me apraz,  seguiria eu os trilhos da bonança do estar em loco, ao mais sincero comigo mesma.  Mas o tempo resvala nas vicissitudes de uma espera que já não é mais o que sou.  Revelo-me com o medo de um futuro que me abarca, e dele não me sobre ainda que esperança do estar completa.  Flores que se despetelem pelo caminho, o importante é, um dia, terem estado presentes.  Para que, delas, não me olvide, e julgue o certo como predestinado.
Aumentam, dentro de mim, as forças do obvio que se obstina, quisera eu somente o lúdico, parassem os compassos do relogio que me atormenta.
Dê-me fé, da qual dela me nutro, e anseios, não menos justificáveis.  A água que envolva meu corpo, e o crédito de minha boca embargada.  Rezo por um sorriso, já não me importa daonde sua procedencia.
Deixe-me ficar ao esmo, olhando, por entre as frestas, a alegoria do ser.  Sentindo certa ternura, e embalando minhas virtudes.  Na segurança fragil de que as opções se completam, no desafio dos dias que correm.
Vá-se medo, posto que é finito.  Aguce a chama do pranto incontido pelo não saber.
Faça-se criança a cada desejo dado, e contemple-se o jardim de possibilidades infinitas.
Pois se, assim o sou, o Sol surja pelo cimo de um horizonte de montes calmos, e nem mesmo a memoria se faça complascente, embora finita.
Galgando vou, pelos degraus da incerteza, destino fertil a permear o compasso de meus sonhos.
Aqueça meu coração a alma dos divagadores, num murmurio cálido de paciencia que se baste.
Aos céus os montes, a mim a vida, que segue miúda, em toda a sua intransigencia e deleite.
A saudade do novo me compõe, e me penso inteira na contradição do que houver.
Angario forças, e não mais escuto meu lamento.  Sigo-me inteira, por decidir meu destino.

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