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sábado, 29 de julho de 2017

ESPERANÇA

Pudera eu transferir os sentimentos de que sou possuida vida afora, o faria.
Provavelmente contaria da nau sem destino dos homens, e da bravura e essencia em nos fecharmos em nossos casulos.
Diria sobre a admiração que o é a aceitação do que somos, primeiramente para com a nossa propria existencia.
Avançaria mundo afora, perdida em reminiscências, na vontade de notivagar imagens de um passado, já transposto em minha memória.
Galgando rotas desconhecidas, na procura do meu eu, verdade suprema ao que se dedique.
Deixaria ao lúdico o lugar de amigos, inconstancia na sua natureza, verdades tão simbolicamente mal engendradas.  Somos complexos, ainda que humanos, e decepções resultam que parte do processo vital, no encontro com o outro.
Afagaria com minhas palavras, se lhe soubesse um antídoto para com a dor.  Promessas, ainda duvidosas o fôssem em sua execução, na minha falta de controle das variaveis à minha volta.
Nada mais seria do que o viver, enfrentando os percalços de cada descoberta, rosas com espinhos.  Onde a simples presença do amanhecer já se faz momento constante de não indagações, apenas deleite.
Não posso me ser outra, que voz subjacente, ainda que ecoe.  Razão dividida, em que pesem diferentes legados e experiencias.  Vontade suprema no ser mãe, tentando alcanaar uma voz, ainda que no escuro.
Briguem-me as certezas pois, dentro de mim, sou, tão somente, impotência.  Muito embora arrimo, o desafio se faz cumulativo, ao longo dos anos.  Minha força de perdão inabalável, embora não expressão da força de que gostaria.
Deixo-me.  O gigante que vive à boca da noite me traga e, dele, esperarei os raios de Sol ao nascer do dia, correndo como um rio que às suas aguas desaba.
Pois nada existe de mais caro do que a sutileza do amor de uma mãe pelo seu filho, e a vontade imponderável de que, na rendiçao, fronteiras não existam.  Há um continuo simbiótico do ser, onde todas as feridas se mesclam no mesmo sangue, e exalam a mesma dor.
Deixe-me ir, fardo, e nos alegre o coração com ternura.  Serei eu a mesma a esperar os bons ventos com afeto, ansiedades diluidas em languidez.
Talvez, deduza você, que caibamm as incógnitas se fazerem parte da vida, na sequencia natural de descobrimentos a que essa estrada nos propõe.
Apoie-se em meu não abandono, e sigamos para as nuvens que diluirão a tristeza de seus olhos.  Brinque com elas, pelo caminho, no oficio de sentir a leveza, onde não há passos a marcarem o chão.

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