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segunda-feira, 20 de março de 2017

OPÇÕES ( CHECANDO O PAINEL DE CONTROLE )

Três da manhã saúda a vida dos notívagos.
Baby, vem viver comigo, vem correr perigo.
Que outros chamam baby. Também em português, é bom demais, e só me faz chorar.
Não sei o porquê.  O pranto é a reposição das palavras, no vazio que não se fica.  Dele não quero nada.
A correr, dedilhar, como se a vida exibisse seu último sopro, ou fôsse uma crônica de aeroporto, sem paradeiro a abarcar.
Hoje já posso escrever ouvindo música.   Copacabana, essa semana o mar sou eu.  Belchior me roubando as palavras, somos um só.  Todos buscando o encontro que as paralelas não permitem..
Agora retorno ao meu eu só.  Já não me guio por nenhuma rota.  Vago no vazio, encontro palavras ao acaso, todas se fazendo sentido, em algum lugar do meu inconsciente.  O que importa é escrever, do que algo revelador virá depois.  Uma parte de mim mesma que não floresce a olhos vistos, mas tem sede no interior.  E se basta.
Perambulei, ousei dormir. O sono me levou de volta a vigilia, encontrar meu papel e fala.  Para vislumbrar o que há de novo, ou apenas reafirmar., dentro de mim, a carencia e saudade, algo que não me deixa o peito em paz.  Volta, retorna, está lá, e não me deixa.
Sofro, até que as lágrimas tenham um sabor mais doce, ou não, muito embora sua companhia me seja amiga.
Sabê-las em minha face, descendo delicadamente, caminhando com meus soluços, existindo sem perdão.
A vida é um transito efêmero entre vários aeroportos, cada um levando ao seu destino. Eu, ao decidir-me por uma passagem na hora, checando todas as opçôes possiveis, no painel à minha frente.  Alguns destinos conhecidos, outros completamente inóspitos.  Sei que voarei ao ja sabido, como também adentrarei ao mundo do não conhecimento.  Todas as opções são válidas, em se dependendo do momento.  Nao me importa, o meu é viver, saboreando a meiguice do velho, e me supreendendo frente ao desafio do novo.
Tudo absolutamente em cheque, moto pulsante.  Nenhum resquicio de amargura, ou ponta de saudade.  O momento, e so.  A coragem, inteira.
As lágrimas, depois.  Cheias e vibrantes, meigas e doces, lágrimas de fel e amor.
Simplesmente lagrimas.  Para não esquecer o que não morre.  Celebrar o eterno.  Viver ate não mais poder.
Adormecer num canto sem fim, por sob as estrelas.  Onde nada se apaga, tudo é eterno.

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