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terça-feira, 28 de março de 2017

ATLÂNDIDA ( MEU REINO PERDIDO )

Atlâtida, no mundo dos que sonham, e tem na lenda a pura verdade.
Quero brincar de balanço, e me jogar ao vento, sem tempo.  E ir e vir, só me deixar levar.
Pesquisar o mundo da sombra dos meus conhecimentos, e me bastar aos meus sentidos.
Reino perdido, praia de águas cristalinas e areia límpida, floreios na minha imaginação.  Meu sonho prometido, do qual preciso o ninguém, me leve para longe.  Tesouro perdido que nunca encontrarei, nem tanto se faz a procura.
Atlântida, faz-me sua, de onde a redenção, eu só quero escrever, e preencher espaços fluidos, dona da minha existencia.  Que me bastem o sim ou não, apenas dentro do que me entendo, e o de fora não sucumba.
Faz-me inteira, digna e plena.  Reino perdido, onde corpos se alteiam, e o misterio se faz vibrante e cor.   Ao seu corpo, meu e de mais ninguém.  Eros, habite em mim.
Deixe-me estar, sem paradeiro, na verdade da lenda, ou nua e crua, tanto faz.  Encontrarei um sentido em minha existencia, para de onde o para lá sejam só estrelas, no prenuncio da vida, que se trasformará em morte, derradeiro encontro com a materia, saudando aos que se foram.
Ate lá o céu estará ao meu lado, e as constelações brilharão.  Sinto amor.  E saudades me tomam, sem que a elas eu não me despertença.
Mas tudo é fluido, um pequeno cubículo num gigante imenso, o cosmo.  Mesmo assim, me abrace, na minha solidão, enredo romântico de todas as associações possiveis.
Não roube meu coração, ja tão dado.  Não me deixo abater, mesmo em minha volubilidade, pois carrego junto todos os sentimentos do mundo.
Abrace-me, só para eu saber que o tempo parou.
Mutante, no fundo sempre sozinho, seguindo o meu caminho, bordeando palavras, e imaginando caricias.  Tudo etéreo, na vida feita de encontros inéditos, so esperar por vê-los surgir ao caminho.
Sou romântica, e assim seguirei.  Afinal, no enlevo que toma força, só falta se colocar lilás, para ser totalmente lindo.
Brindemos.  Ao encontro fugaz da música e dos sonhos, numa terra prometida de ninguém.  Onde a posse perde o nome, é o presente e a ausencia do tempo.  A felicidade, um átimo, que se toma as mãos, e se vai, voando como cinzas póstumas.  Derradeiro, enquanto breve, sublime.
Eu só quero me perder.  Para talvez não me achar em nenhuma letra, e experimentar a coragem de me estar viva.  Beber água com volupia, e matar minha sede.  E, depois, respirar, como se revivesse o nascer.
Meu reino perdido, onde todas as gangorras sobem aos ventos, eu sei de mim mesma, se tanto.  Mas continuo, ao sabor deles, e por sobre a meiguice da água.
Meu tesouro perdido.  O mundo é dos que sonham, e não estou só.

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